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As Bases Físicas do Brasil

A plataforma Sul-Americana possui três grandes escudos cristalinos rodeados por bacias sedimentares: Escudos das Guianas, Brasil Central e Escudo Atlântico. O Brasil está inserido na Plataforma Sul- Americana.

Força interna atuante: tectonismo epirogenético, que arqueia ou rebaixa lentamente as estruturas da plataforma.

Escudos Cristalinos: núcleos estruturados na era arqueozóica, que não sofreram tectonismo orogênico desde o final dessa era. Ex: Províncias 

Estruturais Guiana Meridional, Xingu e São Francisco.

Era Proterozóica: intensa atividade tectônica ocorreu no que hoje corresponde ao território brasileiro. No final dessa era , extensas faixas foram deformadas por orogênese. Essas transformações configuram o ciclo brasiliano. Ex: Províncias Mantiqueira, Borborema e Tocantins.

Bacias Sedimentares: originadas embrionariamente, no final da era proterozóica, porém, configuraram-se plenamente durante a era paleozóica.

Território brasileiro = formado por estruturasg geológicas antigas, com exceções das bacias de sedimentação recente.

 No Brasil, as estruturas e as formações litológicas(rochosas) são antigas, mas as formas do relevo são recentes (desgastes erosivos que sempre ocorreram).

As rochas do pré-cambriano serviram de substrato para acumulação de deposição das rochas fanerozóicas nas bacias sedimentares.

A distribuição das diferentes unidades rochosas, no nosso país, é caracterizada pela existência de duas grandes províncias geotectônicas: Embasamento Cristalino (ou Pré-cambriano) e as Bacias Sedimentares.

Mapa Geológico do Brasil

Províncias Estruturais Brasileiras

- Bacias Sedimentares: Bacias Amazônica,Parnaíba e Paraná.
- Bacias Costeiras e margem continental

- Embasamento Cristalino:
Era Proteozóica: Províncias da Borborema, Tocantins e Mantiqueira.
Era Arqueozóica: Províncias Guiana meridional, Xingu, São Francisco.

A modelagem do Relevo Brasileiro

A classificação do relevo brasileiro distingue três tipos de compartimentos:

Planaltos: são áreas onde o processo de erosão predomina sobre o de acumulação de sedimentos.
- Apresentam superfícies irregulares ( morros, serras e chapadas).
- Situam-se em cotas altimétricas superiores a 300m.

- Planaltos em estruturas cristalinas (Planalto da Borborema) e em bacias sedimentares (Planalto da Amazônia Oriental).
- Caracterizam-se por serem formas residuais.

Depressões: circundam os planaltos e foram geradas pelo desgaste das formações rochosas menos resistentes.
- são uma parte do relevo existente em altitudes mais baixas que as altitudes das áreas adjacentes, inclusive aquelas que se encontram abaixo do nível do mar.
- Situam-se em cotas altimétricas entre 100 e 500m.
- Um exemplo é a depressão amazônica.

- Planícies: são áreas essencialmente planas formadas a partir da deposição de sedimentos provenientes de áreas mais elevadas.
- São as formas de relevo mais recentes no tempo geológico.
- Situam-se em cotas altimétricas inferiores a 100m.
- Ex: planícies do Pantanal, do Rio Amazonas, e as localizadas ao longo do litoral brasileiro.

A modelagem do relevo brasileiro

O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios.

    Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958,  essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.

Em 1989 foi divulgada a nova classificação de relevos do Brasil elaborada pelo professor Jurandyr Ross, do Laboratório de Geomorfologia do Departamento de Geografia da USP. Ele usou no seu trabalho os dados produzidos pelo Projeto Radam Brasil.
Esse projeto, que restringia-se ao mapeamento por radar da Amazônia, foi ampliado para todo o Brasil em 1975. No levantamento dos dados foi utilizado o avião Caravelle que sobrevoou o país a uma altitude média de 12 km e a uma velocidade média de 690 Km/h. O professor Jurandyr Ross fez parte da equipe do Radam Brasil.

A nova classificação, com 28 unidades de relevo, considerou, além das características morfoestruturais (estruturas geológicas) e morfoclimáticas, as características morfoesculturais do relevo, ou seja, a ação dos agentes externos. E introduz o conceito de depressão, inexistente nas classificações anteriores.

Classificação do Relevo Brasileiro